terça-feira, 30 de agosto de 2011

MPPB quer que presidente da Câmara de Mamanguape diminua número de assessores parlamentares

Câmara de Mamanguape
promotora de Justiça, Ana Caroline Almeida Moreira, que atua como curadora na Promotoria do Patrimônio Público de Mamanguape, baixou uma recomendação à Câmara Municipal, para que o número de assessores parlamentares seja diminuído de 13 para 9. 
A recomendação chama o presidente da Casa Legislativa à responsabilidade para o resgate da moralidade administrativa.
Para cientificar os vereadores sobre a recomendação encaminhada à Presidência da Câmara Municipal, a promotora realizou uma reunião com os nove vereadores.
De acordo com a recomendação, a Câmara deverá reajustar o projeto de Lei Municipal nº 618/2010, aprovado pela Casa Legislativa e que possui várias irregularidades.
Ana Caroline Almeida disse que ao tomar conhecimento de que o presidente da Câmara Municipal de Mamanguape tinha cometido atos arbitrários, dentre eles, a exoneração do assessor parlamentar de um dos vereadores de oposição, instaurou um  procedimento administrativo para investigar o caso.
“O que aflorou da investigação no sentido de que, valendo-se como instrumento das objurgadas previsões normativas, o presidente da Câmara ora promovido protagonizou uma verdadeira retaliação contra os vereadores que se insurgiram à sua orientação política, de modo a malferir, flagrantemente, a moralidade administrativa e a impessoalidade que deve reger os atos administrativo”, destacou Ana Caroline.
Recomendação
A representante do Ministério Público Paraibano recomendou à Câmara Municipal de Mamanguape que adeque, mediante Projeto de Lei, a Lei Municipal nº 618/2010, aos princípios constitucionais da legalidade, da moralidade, da impessoalidade, aliado aos princípios da proporcionalidade e da supremacia do interesse público que deve reger os atos da Administração Pública.
A lei deverá prever as atribuições do cargo comissionado de assessor legislativo compatíveis com a natureza do vínculo, bem como fixando o número de assessores legislativos proporcionalmente ao número de vereadores atualmente em exercício na Casa Parlamentar, diminuindo de 13 para nove assessores legislativos.
Consta ainda no documento que o presidente da Câmara Municipal abstenha-se de qualquer ato de retaliação contra os seus pares, restituindo a assessoria parlamentar dos vereadores da oposição, de modo a garantir a todos os vereadores, indistinta e independentemente das convicções divergentes de ordem política ou pessoal, pelo menos um Assessor Legislativo.
A Câmara deverá encaminhar à representante do Ministério Público, num prazo de 10 dias, documentação comprovatória das providências tomadas e com os nomes dos assessores, enquanto que os veradores que possuem assessoria deverão se pronunciar sobre a continuidade dos seus atuais assessores. Caso o prazo não seja cumprido, a Promotoria ajuizará as ações cíveis pertinentes.
Da Ascom do MPPB

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