quinta-feira, 13 de outubro de 2011

PB: 10,5 mi de entregas em atraso; bancos podem voltar

Correspondências: 350 mil deix
Por uma determinação do Tribunal Superior do Trabalho, a greve dos funcionários dos Correios e Telégrafos chegou ao fim na manhã desta quinta-feira (13) em todo Brasil.
A previsão de correspondências em atraso chega ao número de 10,5 milhões em toda Paraíba. Segundo Tony Rodrigues Cavalcanti, secretário de Imprensa do Sindicato dos Correios e Telégrafos, o movimento grevista durou 29 dias e, a partir de hoje, os funcionários das agências trabalharão em regime de plantão, incluindo sábados, domingos e feriados. O prazo para normalizar as entregas é de até dez dias.
Em todo país, a estimativa é que cerca de 184 milhões de correspondências e encomendas estejam com a entrega atrasada. Ainda de acordo com Tony Cavalcanti, a decisão do TST não agradou aos grevistas.
"Perdemos os dias parados e os Correios não atenderam nenhuma reinvindicação nossa", concluiu.
Entenda o caso
O TST (Tribunal Superior do Trabalho) determinou na última terça-feira (11) que os trabalhadores dos Correios voltassem ao trabalho a partir de 0h desta quinta-feira (12). Ainda foi decidido que 7 dos 29 dias de paralisação serão descontados da folha de pagamento dos trabalhadoresos grevistas.
O caso foi parar no TST após divergências entre a direção dos Correios e a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), que rejeitou as propostas iniciais formuladas pelo tribunal.
Greve dos bancários
Bancários em greve
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) rompeu o silêncio e convidou nesta quarta-feira (12) o coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, para uma reunião de negociação às 16 horas desta quinta-feira (13), para tentar acabar com a greve da categoria, iniciada em 27 de setembro e que mantém mais de 9 mil agências bancárias fechadas em todo o país.
A informação foi divulgada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) logo depois da manifestação da Fenaban. Como afirma Carlos Cordeiro, que também preside a Contraf, “foi a força da greve que reabriu finalmente o diálogo e agora esperamos que os bancos venham para a mesa de negociações com uma proposta decente, que atenda às justas reivindicações da categoria”.
A greve, que já é a maior da categoria nos últimos 20 anos, foi deflagrada depois que as assembleias dos sindicatos rejeitaram a proposta de reajuste de 8% feita pela Fenaban, que significa apenas 0,56% de aumento real. Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais a inflação do período), valorização do piso, maior participação nos lucros e resultados, mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas abusivas e combate ao assédio moral, entre outros pleitos.
"Os bancos brasileiros são os que mais lucram na América Latina, no entanto, pagam um piso salarial menor do que o recebido por argentinos e uruguaios, mas pagam bônus milionários para seus altos executivos, os maiores do continente", aponta Cordeiro.
Conforme pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e da Contraf-CUT, o salário inicial pago pelos bancos brasileiros em agosto de 2010 era equivalente a US$ 735, mais baixo que o dos uruguaios (US$ 1.039) e quase a metade do valor recebido pelos argentinos (US$ 1.432).
"Um país onde os altos executivos dos bancos chegam a ganhar até 400 vezes mais que o piso salarial da categoria não pode ser chamado de justo", sustenta o dirigente sindical. "Além disso, os bancos utilizam a alta rotatividade do mercado de trabalho, muito maior que em outros países, para reduzir a massa salarial dos bancários."
Por ser feriado, a reportagem da Agência Brasil não conseguiu confirmar com a assessoria da Fenaban a informação divulgada pela Contraf.
COM PORTAL CORREIO

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