quinta-feira, 25 de julho de 2013

Vaticano cita longas distâncias e "caos" para dizer que sabia que JMJ no Rio seria "complicada"

Questionado sobre a capacidade do Rio de receber um evento do porte da Jornada Mundial da Juventude, o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse em coletiva realizada nesta quarta-feira (24) que a Igreja Católica estava ciente de que seria complicado organizar a JMJ na cidade.

Na terça-feira (23) à tarde uma pane elétrica deixou o metrô parado por duas horas, atrapalhando a chegada dos peregrinos à praia de Copacabana, onde foi realizada a cerimônia oficial de abertura da jornada, e, na segunda-feira (22), o papa Francisco foi encurralado entre ônibus estacionados e a multidão no centro da cidade, sendo tocado por fiéis que transpuseram as barreiras de proteção e jogaram objetos dentro do carro em que o pontífice se encontrava.


Para Lombardi cada cidade oferece desafios específicos à organização, e com a capital carioca não seria diferente. "O Rio é uma cidade plural e complexa; nós abraçamos a cidade com a sua beleza e a sua confusão", afirmou ao citar as longas distâncias e o "caos" carioca.

Outro ponto enfatizado durante a coletiva foi a forte chuva que cai sobre a cidade desde o começo da semana e pode inviabilizar a vigília, que será realizada de sábado para domingo na zona oeste da cidade, em uma região pantanosa e com dificuldade de escoamento de água. Segundo o padre Márcio Queiroz, do comitê organizador, foi realizada uma reunião hoje com os técnicos responsáveis pela área que afirmaram que a situação está sobre controle. "Até o momento a chuva não nos preocupa e não há nenhuma mudança prevista na programação", afirmou.
Na Catedral, papa fará encontro com até 5 mil argentinos nesta quinta

Nesta quinta-feira, além de visitar a favela da Varginha, na zona norte do Rio, e receber as chaves da cidade, no Palácio na prefeitura, na zona sul, o papa terá um encontro com a delegação argentina da jornada presente no Rio no centro.

A cerimônia será realizada na Catedral Metropolitana e, por questões se segurança, apenas 5 mil pessoas poderão participar - a delegação argentina trouxe 23 mil fiéis à cidade.

Apenas argentinos terão acesso à igreja e a entrada será controlada através do crachá que cada participantes inscrito na jornada recebeu. Os 5 mil participantes, segundo Queiroz, serão eleitos por ordem de chegada. "Mas não esperem nada muito elaborado. Esse foi um encontro planejado há dois dias e não dois anos, como o resto da programação, e é fruto da personalidade espontânea do papa, que pediu para ter esse momento com seus conterrâneos", disse Lombardi.



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