sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Para os homens, tamanho importa


Em cartaz desde sexta-feira passada em várias capitais, o polêmico drama “Shame” invade a intimidade de um executivo (o alemão Michael Fassbender, de “X-Men: Primeira Classe”). Viciado em sexo, ele tem um relacionamento destrutivo com a irmã caçula (Carey Mulligan). Apesar do elenco corajoso e da tensão fetichista constante, o que tem provocado a curiosidade dos espectadores é saber se o talento do ator é tão grande quanto andam dizendo. E não me refiro a sua atuação, premiada no Festival de Veneza.

Se tamanho é documento, Fassbender pode ter um passaporte diplomático entre as pernas. Impossível não reparar, já que o diretor Steve McQueen coloca a câmera na altura do quadril e quase esfrega o pênis do protagonista na cara da plateia. Sim, é grande, sem efeitos especiais ou prótese. E olha que aparece em ponto morto – imagine quando engata uma quarta ou quinta com aquilo. Só posso ser grato por não terem feito o filme em 3D. Digam-me vocês se as mulheres se importam tanto com tamanho. Mas podem ter certeza de que os homens se importam que vocês se importem. Até o macho mais seguro fica encanado com o que a parceira pensa desta parte específica do seu corpo. Bem faz uma amiga minha que sempre dá uma elogiada, mesmo quando não está diante da oitava maravilha do mundo.
Todo cara já mediu o seu com régua para atestar sua virilidade (ou aumentar suas inseguranças). Fazer o quê? Essa gincana pélvica faz parte das asneiras do universo masculino. Descobrir, por exemplo, que o ex de sua namorada tem fama de bem dotado pode desnortear o cara. A maioria se preocupa à toa. Há muitos estudos sobre o comprimento médio do pênis (nem quero pensar como os estudiosos fazem tais medições…). Os resultados variam, mas ficam entre 13 e 17 cm. E 70% dos homens que passaram por pesquisas assim se encaixava neste padrão. Menos de 5% pode se gabar de estar em um patamar mais elevado.
Não sei de pesquisas confiáveis neste sentido, mas imagino que uma porcentagem muito maior consegue satisfazer uma mulher na cama. Portanto, creio que ninguém precisa ter uma enxada para saber cultivar. Ouço as histórias de minhas amigas e noto que a mulherada prefere um meio-termo: nem tão pequeno que não faça cócegas, nem tão grande a ponto de meter medo. Mas já ouvi duas mulheres que transaram com o mesmo sujeito terem impressões totalmente divergentes, então concluo que essa percepção também não segue um padrão. Seria ilusão de ótica? Por via das dúvidas, sugiro deixar de fora da cama qualquer apelido no diminutivo.

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