quarta-feira, 16 de maio de 2012

Justiça marca primeira audiência com acusados de estupro coletivo na Paraíba

Os sete homens acusados de envolvimento em um estupro coletivo na Paraíba deverão ser ouvidos pela Justiça pela primeira vez no dia 4 de junho. A data foi marcada pela juíza da 1ª Vara de Queimadas, Flávia Baptista Rocha. De acordo com o fórum da cidade, a audiência de instrução está marcada para começar às 8h. Na ocasião, a juíza, o promotor Márcio Teixeira e os advogados de defesa de vítimas e acusados poderão interrogá-los sobre o que aconteceu na madrugada de 12 de fevereiro.

De acordo com o fórum de Queimadas, nesta fase são avaliados laudos e provas das participações de cada acusado. Depois da qualificação dos réus, a juíza decide se os réus serão levados a a júri popular ou não.


Conforme as investigações da Polícia Civil e a denúncia feita pelo Ministério Público da Paraíba, cinco mulheres foram estupradas e duas delas assassinadas durante uma festa. Para a polícia, os estupros teriam sido planejado pelos irmãos Luciano e Eduardo dos Santos Pereira, que teriam convidado amigos para abusar sexualmente de mulheres convidadas de uma festa promovida por eles.

Os irmãos teriam simulado a chegada de assaltantes na casa e usado máscaras e capuzes para não serem reconhecidos. Duas das vítimas teria conseguido ver as pessoas que as violentavam e por isso foram tiradas da casa e executadas.

De acordo com o advogado Jack Garcia de Medeiros Neto, que atua na defesa de Eduardo e Luciano, eles negam participação nos crimes e se declaram inocentes. Eles mantêm a versão fornecida à Polícia Civil no dia em que os corpos das mulheres foram encontrados, de que os estupros e assassinatos teriam sido cometido por um grupo de assaltantes que invadiu a festa.

Os sete denunciados aguardam julgamento no presídio de segurança máxima PB-1, em João Pessoa. Para participar da sessão, eles deverão ser transferidos para o município onde os crimes aconteceram. A Polícia Militar planeja um esquema de segurança para evitar tumultos na cidade durante as sessões. O esquema deve ser semelhante ao praticado em março, durante a apreciação do caso dos três adolescentes suspeitos de participação.

Em abril, os rapazes receberam a sentença da juíza Andréa Dantas Ximenes, da Vara da Infância e Juventude. Eles podem passar até três anos internados no Lar do Garoto, em Lagoa Seca, mas a cada seis meses poderão ser reavaliados. Dependendo do comportamento dos menores de idade, o tempo de internação pode ser reduzido.

G1-Paraíba

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