Os sete homens acusados de envolvimento em um estupro coletivo na Paraíba deverão ser ouvidos pela Justiça pela primeira vez no dia 4 de junho. A data foi marcada pela juíza da 1ª Vara de Queimadas, Flávia Baptista Rocha. De acordo com o fórum da cidade, a audiência de instrução está marcada para começar às 8h. Na ocasião, a juíza, o promotor Márcio Teixeira e os advogados de defesa de vítimas e acusados poderão interrogá-los sobre o que aconteceu na madrugada de 12 de fevereiro.
De acordo com o fórum de Queimadas, nesta fase são avaliados laudos e provas das participações de cada acusado. Depois da qualificação dos réus, a juíza decide se os réus serão levados a a júri popular ou não.
Conforme as investigações da Polícia Civil e a denúncia feita pelo Ministério Público da Paraíba, cinco mulheres foram estupradas e duas delas assassinadas durante uma festa. Para a polícia, os estupros teriam sido planejado pelos irmãos Luciano e Eduardo dos Santos Pereira, que teriam convidado amigos para abusar sexualmente de mulheres convidadas de uma festa promovida por eles.
Os irmãos teriam simulado a chegada de assaltantes na casa e usado máscaras e capuzes para não serem reconhecidos. Duas das vítimas teria conseguido ver as pessoas que as violentavam e por isso foram tiradas da casa e executadas.
De acordo com o advogado Jack Garcia de Medeiros Neto, que atua na defesa de Eduardo e Luciano, eles negam participação nos crimes e se declaram inocentes. Eles mantêm a versão fornecida à Polícia Civil no dia em que os corpos das mulheres foram encontrados, de que os estupros e assassinatos teriam sido cometido por um grupo de assaltantes que invadiu a festa.
Os sete denunciados aguardam julgamento no presídio de segurança máxima PB-1, em João Pessoa. Para participar da sessão, eles deverão ser transferidos para o município onde os crimes aconteceram. A Polícia Militar planeja um esquema de segurança para evitar tumultos na cidade durante as sessões. O esquema deve ser semelhante ao praticado em março, durante a apreciação do caso dos três adolescentes suspeitos de participação.
Em abril, os rapazes receberam a sentença da juíza Andréa Dantas Ximenes, da Vara da Infância e Juventude. Eles podem passar até três anos internados no Lar do Garoto, em Lagoa Seca, mas a cada seis meses poderão ser reavaliados. Dependendo do comportamento dos menores de idade, o tempo de internação pode ser reduzido.
G1-Paraíba
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