quinta-feira, 17 de maio de 2012

Delegado diz que pediu prisão de envolvidos em fraude do leite na Paraíba

O delegado Marcelo Diniz, da Polícia Federal (PF), falou sobre a operação deflagrada pela PF na manhã desta quarta-feira (16), para desarticular um suposto esquema de fraudes envolvendo recursos federais do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Segundo ele, foi pedida a prisão dos envolvidos, mas a Justiça não concedeu.

“Após a representação feita pela polícia pedindo as prisões, a Justiça, de acordo com o novo cógido de processo penal, decidiu expedir apenas os 22 mandados de busca e apreensão e oito mandados de proibição para que os suspeitos não possam frequentar os laticínios e órgãos públicos”, disse.


Marcelo Diniz disse ainda que a investigação teve inico em dezembro de 2011 e a partir da constatação da PF de que existiam suspeitas de irregularidades e fraudes na contratação de fornecedores de laticínios e no controle de produtores rurais conveniados no Programa do Leite na Paraíba, através de um órgão estadual.

Ele explicou que “a informação chegou através do Tribunal de Contas da União que detectou pelo menos sete fornecedores de laticínios do programa estavam adulterando a documentação, as vezes até conseguindo falsos produtres rurais, que não estariam aptas a fornecer leite ao programa”.

O delegado informou que o produtor entregava uma quantidade do leite e o fornecedor adicionava água para, então, distribuir no mercado. Além da provável adição de água ao alimento, foi detectada uma má qualidade do leite com suspeita de que sejam acrescidas substâncias químicas para prolongar sua vida útil.

“Nossas perícia está em campo para pegar outras amostras e termos a confirmação da adulteração. Então, enviaremos para a fiscalização competente, como a Vigilância Sanitária e a Controladoria-Geral da União”, disse o delegado.

A operação fez buscas em João Pessoa, Campina Grande, Cajazeiras, Monteiro e Sousa, entre outros municípios paraibanos. Na capital, equipes de policiais fizeram buscas no prédio da FAC e em um imóvel no bairro de Manaíra.

G1-Paraíba

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