O Governo Federal divulgou nesta terça-feira (17) mapeamento da miséria em todo o país. Segundo o relatório a Paraíba tem 613 mil pessoas vivendo em situação de extrema pobreza, num universo de 3,8 milhões. Contudo, os Estados do Maranhão, Piauí e Alagoas têm os maiores percentuais de pessoas em situação de extrema pobreza no Brasil. A informação foi repassada à Imprensa pelo presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Eduardo Nunes, no programa de rádio Brasil em Pauta, em parceria com a EBC Serviços.
O Maranhão apresenta mais de 24% da população do Estado ganhando até R$ 70 por mês, conforme linha da pobreza extrema estipulada pelo governo federal. No Piauí, o percentual é superior a 21% e, em Alagoas, 20,4%. Já a Bahia tem o maior número absoluto de miseráveis, mais de 2,4 milhões de pessoas.
Em todo o Brasil, 16,2 milhões de brasileiros encontram-se na miséria, o equivalente a 8,5 % da população do país. Quase 60% deles estão no Nordeste (cerca de 9,6 milhões). A maioria é preta ou parda e tem até 19 anos de idade. Esse será o público do Plano Brasil sem Miséria, que vai ser lançado pela presidente Dilma Rousseff, que pretende acabar com a extrema pobreza até 2014.
Para o presidente do IBGE, encontrar pessoas em extrema pobreza no Brasil é contraditório.
- Em um país tão rico como o Brasil ainda não podemos encontrar 8% da população vivendo em extrema pobreza.
No programa de rádio, Nunes ressaltou que o Censo 2010 constatou que as cidades de médio porte têm apresentado ritmo de crescimento maior do que o das grandes metrópoles. Segundo ele, o crescimento está relacionado à oferta de oportunidades de emprego e estudo para os jovens, além do custo de vida mais baixo.
R7
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