Historiografia – Situado na micro-região Agro-Pastorial do baixo Paraíba, o município de Mari possui uma área de 157,5km e uma densidade demográfica de 129,45 hab/km2 e fica na região 04 da mata paraibana. Limita-se com Caldas Brandão, Mulungu, Araçagi e Sapé.
Mari nasce cortada pela estrada de ferro, pois em 1873 a mesma foi responsável pela colonização do local onde hoje se encontra aquela cidade. A estrada foi construída por engenheiros ingleses e na época de sua construção, a região era apenas uma grande mata onde alguns sítios equidistantes uns dos outros, eram únicos redutos de gente. No local, foi construída a Estação Ferroviária e se constituiu no marco inicial para a edificação de nossa amada terra.
Importante: O local onde deu-se início a construção de Mari pelos idos de 1873 é palco da construção de uma nova história com a criação da Rádio Comunitária Araçá FM. O nome Araçá faz uma homenagem ao início de sua história convergindo com esse novo tempo a partir da criação da emissora.
Em 1900 , foi construída a primeira capela do lugar que recebeu o nome de Araçá em virtude do grande número de fruteiras desta qualidade. Mas só em 1953 é que Araçá foi elevada a condição de Paróquia, tendo como Padre João Noronha, sendo seu 1º vigário.
Aos 55 anos, o que comemorar?
A cidade de Mari chega aos seus 55 anos de emancipação política sem ter muito o que comemorar em se tratando de serviços públicos.
Em nove meses de administração nada foi feito pelo atual governo local, a cidade sofre com o fechamento da Fábrica Real Indústria de Calçados que no ano passado quando instalou-se no município gerou cerca de 70 empregos diretos, mas que por falta de apoio do poder público veio a fechar suas portas.
Afora esse primeiro ‘baque’ econômico sofrido pelo município, as políticas públicas são executadas sem planejamento, com isso os serviços oferecidos de péssima qualidade. Na saúde PSF’s sem médicos, a policlínica municipal, símbolo do resgate da saúde do município anda a passos lentos, com serviços deficitários e enfrentando reclamações de todas as ordens da população.
A população que precisa de atendimento de saúde em outros municípios enfrentam dificuldades para conseguir o transporte. A Promotoria Pública que o diga, pois tem sido o socorro das pessoas necessitadas que veem o seu direito negado.
Em se tratando de obras públicas, a gestão municipal não tem feito pouco caso no zelo do patrimônio do município. Um exemplo disso pode ser visto quando se fala do prédio da Academia de Saúde que fica localizado no centro da cidade. O prédio que foi inaugurado em dezembro do ano passado já está praticamente no chão e o poder público não tem se preocupado com aquela situação.
Na zona rural, a situação não é muito diferente. O posto de saúde de Alfavaca encontra-se abandonado. Mesmo tendo sido equipado no final da gestão anterior, a atual gestão não colocou pra funcionar e continua fazendo pouco caso dos equipamentos que lá se encontra. Se quer a prefeitura se digna em colocar um vigia para guardar o que lá ainda se encontra.
No dia 19 de setembro, diferente de outros anos o poder público não tem uma obra se quer para entregar como presente de aniversário, já que não se sabe se por falta de interesse ou outro impedimento qualquer, mesmo com recursos em conta para realizar muitas obras, a prefeitura não se preocupou em se quer dar sequencia nas obras que estavam em execução desde dezembro, a exemplo de três creches (uma no Amor Divino, uma no José Américo e outra em Taumatá).
Apesar das comemorações anunciadas pela Prefeitura com bandas famosas, a população parece não se empolgar , preferindo dar o silêncio como resposta . O comércio nem se fala, cria expectativa para as vendas, mas com o dinheiro do município circulando fora da cidade, já que a maioria das compras feitas pela edilidade é realizada em outros municípios, dificilmente conseguirá se erguer com essa situação caótica.
Entusiasmo, comemoração e festa mesmo só para os que fazem o “Governo de Todos DA FAMÍLIA” do prefeito, que hoje comanda os principais postos do poder nas mais diversas esferas. Do executivo ao legislativo o comando é familiar. Além do Prefeito, a família comanda a Pasta da saúde, através da irmã, e os demais cargos importantes da área através das cunhadas, as finanças através de um irmão, a Ação Social através da esposa. O pai do prefeito comanda o Poder Legislativo, já que é o Presidente da Câmara Municipal, além de comandar o Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município há mais de 40 anos.
E assim chega Mari aos seus 55 anos de emancipação política: com o pior IDH da última década entre os municípios da região; como o 5º município mais violento da Paraíba… sem presente e com o futuro incerto.
Da Redação
Do Expresso PB
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