quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

TRANSIÇÃO NA IGREJA: Líderes repercutem a notícia da renúncia do papa Bento 16


O papa Bento 16 surpreendeu o mundo ao anunciar nesta segunda-feira (11) que renunciará ao papado no dia 28 de fevereiro por "falta de forças".
A decisão abre um período de transição na igreja até a Páscoa, quando será eleito um novo Sumo Pontífice. A notícia tem poucos precedentes na história.
O anúncio gerou reações em todo o mundo, inclusive dentro da igreja. Tem sido "um trono em um céu sereno", afirmou o cardeal veterano Angelo Sodano, por anos o número dois da Santa Sé.


Veja a repercussão nos veículos estrangeiros
A chanceler da Alemanha, sua terra natal, Angela Merkel, expressou seu "grande respeito" pela decisão do Papa de renunciar em função de sua idade avançada.
O presidente americano Barack Obama expressou seu apreço e ofereceu suas orações em nome de todos os americanos ao Papa.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmou que milhões de pessoas sentirão saudades do papa.
Já o Grande Rabino asquenaze de Israel, Yona Metzger, afirmou que Bento XVI melhorou as relações entre o cristianismo e o judaísmo e contribuiu para "uma diminuição dos atos antissemitas no mundo".
O porta-voz do Vaticano reconheceu que a renúncia pegou todos de surpresa."A decisão foi meditada e tomada com total liberdade", afirmou Lombardi. Segundo o porta-voz, "ninguém sugeriu, nem obrigou a fazê-lo".
"O Papa sentiu suas forças diminuindo nos últimos meses e teve a lucidez de reconhecer", completou.
O presidente italiano Giorgio Napolitano elogiou 'extraordinária coragem' e 'generosidade' do Papa.
O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, afirmou que está "muito alterado" pelo anúncio de Bento
O novo arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder espiritual dos anglicanos, declarou estar com o "coração pesado" pelo anúncio da renuncia, mas que compreendia "totalmente" essa decisão.
REPERCUSSÃO NO BRASIL
O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, disse que a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada na cidade entre os dias 23 e 28 de julho deste ano, contará com a presença do próximo papa, que será eleito em Conclave no início de março.
A CNBB (Conferência Nacional de Bispos do Brasil), por sua vez, destacou a "humildade e grandeza" do Papa.
"Acolhemos com amor filial as razões apresentadas por Sua Santidade, sinal de humildade e grandeza, que caracterizaram os oito anos de seu pontificado", afirmou a CNBB em um comunicado difundido em seu site.
Para o Frei Betto, Bento 16 tem o perfil mais intelectual do que administrativo e que agora ele poderá se dedicar mais às suas atividades como teólogo.
Dom Cláudio Hummes, ex-arcebispo de São Paulo disse que renúncia de papa não é 'anormalidade'.
Um dos cinco cardeais brasileiros que deverão participar do conclave para eleger o sucessor de Bento 16, o mineiro dom Geraldo Majella Agnelo, 79, arcebispo emérito de Salvador, não quis julgar a decisão do papa.
Da redação
Com Folha Online

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