O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a criação de um fundo de reserva com a China de R$ 60 bilhões.
"A China poderá sacar US$ 30 bilhões do Banco Central do Brasil e vice versa. Isso reforça a situação financeira dos dois países.É uma reserva adicional de recursos quando a economia internacional está estressada", explicou o ministro.
A informação foi divulgada durante a Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável, que termina nesta sexta-feira (22), no Rio de Janeiro.
"A China poderá sacar US$ 30 bilhões do Banco Central do Brasil e vice versa. Isso reforça a situação financeira dos dois países.É uma reserva adicional de recursos quando a economia internacional está estressada", explicou o ministro.
A informação foi divulgada durante a Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável, que termina nesta sexta-feira (22), no Rio de Janeiro.
O acordo bilateral antecipa um fundo financeiro que deve ser criado pelos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) no início do próximo ano. Este será um fundo contínuo a longo prazo.
“A economia mundial vai continuar com problema. E as economias mais crescentes são as do BRICs, que têm que compartilhar seu dinamismo. E este é o primeiro passo de uma cooperação financeira recíproca. Assim, o bloco terá um respaldo.”, afirmou. “Caso a crise se agrave, nosso comércio continua girando porque temos crédito e moedas a nossa disposição”.
Segundo o ministro, o grupo de países em desenvolvimento tem as maiores reservas do mundo, na ordem de US$ 4,5 trilhões. “Os países desenvolvidos vão ficar para trás e os em desenvolvimento vão com tudo”.
Brasil e China são parceiros estratégicos globais, diz ministro
“Foi assinado um plano decenal de cooperação que vai implicar um conjunto de inciativas. Vai aproximar [Brasil e China] nos campos comercial, tecnológico, cultural e agrícola. O Brasil e a China estão estreitando o relacionamento e estamos sendo elevados como parceiros estratégicos globais", disse Mantega.
"É uma relação privilegiada. Hoje, a China é o principal parceiro comercial do Brasil, corresponde a 17% de nosso comércio, são US$ 77 bilhões e continua crescendo.”
O ministro destacou que com a crise econômica mundial a China está investindo em aumentar seu mercado interno. A ideia do plano é expandir a área de investimentos recíprocos de empresas chinesas no Brasil e empresas brasileiras na China.
Uma das propostas é aumentar a exportação de aviões para a China. A Embraer assinou um protocolo para contratação e leasing de aviões brasileiros na China. Haverá a implantação de uma fábrica em parceria com empresa chinesa para um novo modelo de jato executivo. Projetos automobilísticos e de petróleo e gás também estão nos planos. “Esta é a área que mais se expande e temos interesse que a China esteja presente”, disse Mantega.
Uol
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