
Mais de mil estudantes interditaram a Avenida Getúlio Vargas e estão entoando o grito de ordem "Ricardo ditador você não pode impor um novo diretor", em protesto contra as saídas dos diretores e vice-diretores das Escolas Estaduais de Ensino Fundamental e Médio Olivina Olívia e Lyceu Paraibano.
Em seguida, os alunos irão sair em passeata até o Palácio da Redenção para exigir a revogação do ato do governador Ricardo Coutinho (PSB).
O Diário Oficial desta quinta-feira (9) trouxe as publicações dos atos assinados pelo governador, nomeando os novos dirigentes do Lyceu Paraibano.
Os estudantes acreditam que a exoneração do diretor do Lyceu Paraibano, Abraão Alves de Carvalho, é um ato de "perseguição política" de Ricardo Coutinho contra o educador que participou de um programa de rádio desmentindo as faltas de funcionários citados na "lista dos fantasmas" divulgada em uma revista de circulação local.
Na ocasião, o diretor falou nome a nome e as funções que os supostos fantasmas exerciam na Escola. Em seu lugar está sendo nomeada Maria Eliane Vasques de Figueredo, para diretora, que ficará na direção da escola, e Rosilene Meneses da Silva e Walquiria Cybelle Fernandes dos Santos, como vice-diretoras, que ficarão nos cargos até as próximas eleições escolares.
Segundo uma aluna do 3º ano do ensino médio, o diretor foi eleito para dirigir a escola até 2012.
A equipe do Click PB falou com o diretor exonerado, Abraão Carvalho, e ele disse que não foi contactado oficialmente pelo Governo Estadual. Ele disse ainda que a justificativa extraoficial para a exoneração foi o fechamento das urnas uma hora mais cedo que o previsto nas eleições para direção da escola em dezembro.
O corpo docente do Lyceu está apoiando o diretor e o professor de português Manoel Brasileiro disse que "Ricardo Coutinho está sendo intransigente e autoritário nesta ação, ele tem que levar em consideração que a escola melhorou muito desde que ele assumiu a direção". O professor complementou dizendo que "o Governador não pode esquecer que tem eleição daqui a quatro anos e que estes atos autoritários podem levá-lo a cassação".
com clickpb
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