Tarde de domingo, dia 15: Léo Abreu chama o vice-prefeito Carlos Rafael, entrega sua carta renúncia da Prefeitura de Cajazeiras e o orienta a procurar cartório para reconhecer firma. Mas faz uma ressalva: só seguirá adiante se ele mantiver absoluto sigilo.
A esposa do prefeito, Jaqueline, só saberia no dia seguinte, momentos antes dele surpreender os vereadores com convocação extraordinária para sessão que empossaria Carlos Rafael.
Abreu e Rafael: só os dois sabiam
Com semblante também de surpresa, o pai dele, Vituriano Abreu, admitiu em declarações públicas que não foi informado pelo filho sobre sua disposição de renunciar ao cargo conquistado há dois anos.
O motivo para tanto sigilo?
Léo Abreu teria dito a seu vice que precisaria surpreender ou não conseguiria administrar a pressão de sua própria família.
- O mundo desabará sobre minha cabeça, teria dito o ainda prefeito.
Os bastidores da renúncia que chocou a população cajazeirense foram revelados por fontes muito próximas a Abreu ao jornalista Ruy Dantas, âncora do Correio Debate, da TV Correio, e Balanço Geral, da 98 FM.
As fontes revelaram ainda que desde a posse Léo Abreu vinha sofrendo pressão de apoiadores de sua campanha e de parentes, que o obrigava – entre outras ações - a fazer nomeações de familiares e amigos em cargos estratégicos da Prefeitura.
As fontes disseram que o agora ex-prefeito estava deprimido e disposto a encerrar a vida pública. Ele estaria fazendo planos, inclusive, de deixar a Paraíba e assumir cargo federal no Ceará, onde conseguiu aprovação em concurso da Polícia Federal.
Sua renúncia, a dois anos da nova eleição, pode abrir brecha jurídica para que seu pai seja novamente candidato a prefeito de Cajazeiras.
com portal correio
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